Há dias que me sinto presa, mesmo vivendo no mundo. Agora não tanto quantos antes, onde não existia o ‘mundo’, mas o pouco que ficou é muito para me entristecer, às vezes.
Quando todos saem, tosos de reúnem, e simples não posso porque NÃO! Tem que haver motivos para os NÃOS. Os ‘nãos’ que ouço são frequentementes ditos na metade do pedido, quem diz não se interessa pelo resto, pela consequência, vem àquela velha história de ‘não se importam’.
Queria tanto a liberdade quando canto dentro de toda a diversão quando não canto, mais por inteiro não a tenho, é limitada.
Queria tanto que me entendessem mais, de alguma forma, preciso viver mais que o normal. A dor já tanto me consumiu e atrasou muito meus dias. E por mais que eu não queira se fico presa por esses ‘nãos’, acabo recordado-a sem querer.
Queria muito abrir meu livro, dizer o que penso o que sinto, e ganhar mais que ‘nãos’. Horas eles são necessários, mas horas, e não toda a eternidade que se faz quando os recebo.
Eu queria tanto dizer que estou saindo, me divertindo, que apenas dancei, conheci uns caras legais, voltei com outros grandes amigos. Mas parece que quando se diz tudo contradiz.
Humana, sujeita a erros, que errei... Que fiz chorar, chorei junto, queria retornar e concertar, mas nada fiz, não deu já passou, nada podia, apenas não o repito, pedi perdão, e os quero esquecer, lembrar do novo que se tornou.
Esses ‘nãos’, eu os esqueço amanhã. Sou assim, esses momentos ruins são momentâneos e passageiros em mim, não duram mais do que algumas horas. Qualidade talvez. Sou mole, boba, menina, coração de criança!
Mas tem coisas que voltam frequentemente como os ‘nãos’ que sempre ouço, eles são sempre ditos relembrando meus antigos erros. Isso dói, sem necessidade, qualquer coisa que defina cabisbaixo. Engraçado que nesses momentos não existem qualidades em você, elas somem.
Só queria que quando eu estivesse como hoje, existissem motivos para os pedidos negados, assim como eu queria que motivos tivessem às minhas qualidades em troca de algumas aprovações.
Queira fazer planos e entregar em suas certas mãos. Planos de sair com os amigos, organizar aniversários, festinhas, coisas simples, jogar conversa fora. E por final dizer foi bom! Mas no final sempre ouço: “Faltou você em meu aniversário”, “por que você não foi a minha despedida?“ “Saímos todos por que você não?“. Deduz minha falta e prolonga isso por muitas linhas.
Faremos uma troca, o Não pelos erros e Sim pelos acertos. Acho que acerto ao menos uma pedra no telhado do visinho. Não! Eu faço muito mais que isso, basta ver.
Me ouçam, entenda, perfeita nunca serei, NUNCA!. Mas sou tão boba, não tenho inimigos, perdôo tão facilmente, choro tão facilmente, amo todo mundo. Essas são minhas qualidades essas sim valem algo.
Já não tem jeito, sou do mundo, preciso estar nele por alguns instantes. Algumas vezes sem público, apenas eu mais uns amigos. Se estou só não estou bem.
Desabafo mesmo, necessário. É o que sinto. O que sempre sinto.
Autora: Kelly Cristina
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