terça-feira, 3 de janeiro de 2012 0 comentários

Cantar até em silêncio

Certa vez tudo me foi tirado. Era o fim, por mera bobagem por mim cometida. Não revidei, sabia que não tinha volta. Tudo naquele momento perdia o sentido. O tudo que me curou, o tudo que foi companheiro, saudade, paixão, amor maior, meu tudo era minha vida. Meu tudo era cantar.

Cantar tinha sido o melhor prazer, a maior alegria, a maior dádiva, a maior benção que Deus poderia ter me dado. Como era o maior, ele me foi tirado.
Era inexplicável dor, dor de algo de nunca foi concreto em mim. Cantar era sentimento que eu abraçava sem enxergar, era amor mesmo, como qualquer outro. Ela não me decepcionava ela continuava a me acompanhar, era só chamar por ela. Eterna música!
Em uma noite quase me acabando de chorar escrevi o certo depoimento:

"Acho que tudo agora me torna impossível. A música tinha sido meu alcance para tudo. Talvez desistir por agora, apenas por agora. Deixar a voz de lado, o som, a melodia, meu violão, e buscar o que geralmente todos fazem. Algo concreto.
Mas eu sei que nisso tudo, não estarei sendo feliz. Foi uma escolha que eu gostaria de ter feito, ouvido.
Ah se meu ultimo suspiro fosse soltando ao vento alguma nota, eu morreria feliz!
Algo dentro de mim vai guardar isso como jóia que se preza, eu levarei por onde eu for, até minhas ultimas forças.
Amei cantar, enquanto cantei. Sonharei cantando. Cantarei até que em silêncio.
Inexplicável assim, essa é minha única paixão que cura. Eterna – mesmo que escondida – Eterna!"

Uma nova chance foi dada a mim. Ainda não tem sido chance completa. Mas devolveu à minha vida o ar puro, e a continuação dos meus sonhos.
Esse depoimento parece parte de mim retirada, perda mesmo.

Como tem sido bom viver com a música.
Graças a ela nunca estou sozinha !

Autora: Kelly Cristina 


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012 2 comentários

Suposto eu, suposto você

Tanto já chorei, ainda sim insisto no pouco que resta.
Insista se for verdadeiro, caso contrário não permita.

Se for diferente que seja sempre, que mude pra melhor, e se for pra chorar que seja de alegria.

O apego fácil existe, o amor vem depois com os dias, vai depender se for melhor que qualquer outro, vai depender se os dois permitirem, e que não seja apenas um.

Senhor que seja bom se for pra existir. Que seja por muito tempo se for pra durar. Que seja saudável e não amargo.

Sempre quando depende de mim cada momento é como fotografia. Tudo se guarda; tudo se revela; tudo pra mim é tudo, nada é desperdício.

Quer saber? Se sinto falo. Falo mesmo, mesmo pouco falo, mesmo não entendendo, falo. Se me sinto bem, que mal tem dar as mãos e sair por aí?

Certa vez dei as mãos à mentira, mal sabia que ao final seria realmente o fim da verdade que acreditei. ‘Verdade’ boa no início, mentira triste por fim.
Não faz muito tempo que desisti de pensar que em todos há a mentira. Isso é tolice. Mesmo se eu continuasse tola certa hora um louco me abriria os olhos, mole como sou.

Que seja verdade. Que dê saudade. Que esse medo louco de me aproximar suma de vez. Acho que logo passa.
Que não exista medo, que você seja eu em você, você em mim.
Que exista o ‘você’, que eu possa o encontrar, e que se não for hoje, seja amanhã ou depois.
Você e eu. Você talvez esteja do meu lado hoje. Talvez você ainda não me veja. Mas estou aqui, pra você colar no meu eu.
Que seja você a quem eu procuro. Que seja você a diferença. Que seja você a cura do meu medo, e traga coisas a mais em minha vida de melodia.
Se me der a mão, vamos a grandes lugares, e que se for pra segurar que não a solte.
Quem será o meu ‘você’?
Se você estiver lendo, e se identificar com quaisquer olhos, ou postagem anterior, você realmente existe.

Talvez você em mim nasça hoje, vai depender se você irá existir ou não.
Vai depender de você querer o meu Eu, e ser diferente...

Autora: Kelly Cristina 


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Diferentes caminhos

Sim. Você deve estar feliz. Acho que foi bom desprender de mim, de toda minha sela onde você se encontrava preso.

Eu me soltei depois que você fugiu. Foi bom ter fugido, sua vida necessitava liberdade, a minha de descobertas.

A menininha nada podia te oferecer a não ser a mão, a não ser amor. Nenhuma riqueza, apenas alguns presentes de tão coração. Não podia te dar a liberdade que você queria, era um mundo diferente o dela, que você insistiu, deixou durar. Mundo dela que mudou para melhor. Mudou não pela sua ausência, mais pela consequência. Ela sabia que iria mudar... Dentro dela. Mais você não esperou, não suportou. Era cansaço mesmo. Cansaço bom que nela nunca existiu. Você deixou cansar no tempo.

A menininha chorou de tão pequena, mas o grande se fez em sua vida. E quando tudo passou, foi pra valer! Nenhuma gota, nenhum cheiro, nenhum costume, nada ficou. Nem a saudade que antes suportar doía, hoje não! Ficou um frasco vazio, uma embalagem recortada, um laço e uma foto quase rasgada em uma caixa onde tudo se guardava, mas se ‘vejo’ não reparo mais. ‘Jogarei’ tudo ao mar...

Foi aventura necessária e não tempo perdido. Foi altura alcançada, altura que por fim me jogou no início. Início bom, difícil, melhor, gostoso mesmo.
Hoje eu sinto que há décadas atrás estivemos juntos. Quem sabe sinta o mesmo.
Já escrevi muito sobre você, palavras suicidas naquele tempo.
Ah... Obrigada pelos bons que passei. Te desejo coisas doces.

Vai seja feliz, faça um alguém feliz. Que ao final da sua história não termine como ‘nós’, que seja sincero, verdadeiro.
Apague qualquer erro, e faça a diferença para alguém. Sucesso!

A menininha que se faz pequena, vai conquistando o espaço que ela pretende. Pouco a pouco Deus abre portas, ele também doa corações a ela, que a fazem feliz.

Menininha pequena, que esquece mágoas graças a Deus.

Que sejam abençoados nossos caminhos diferentes.
       
Fique com Deus.

Autora: Kelly Cristina 
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Problemas me atraem

Eu queria acreditar que ninguém nunca irá me ferir. Que a mentira nunca irá existir como um dia já existiu.
Queria acreditar em outro olhar. Estranho... um dia você ama, conhece cada sinal de expressão, cada mania, cada fio de cabelo, no outro você descobre que nunca conheceu por inteiro a quem dizia te amar.
Quero e não quero. Esse é quase um lema. Quem não quer? Um abraço quente.

Eu não preciso de um namorado. Isso é só uma palavra. Minha vida está ótima. Eu preciso de alguém que a deixe melhor do que ela já é. Isso acompanha qualidades. Caso contrário tudo fica como está.
Isso é um suposto algo inusitado projeto de um futuro alguém.

Tudo está bem, às vezes procuro problemas, mas problemas me atraem.

Autora: Kelly Cristina  
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Saudade, vontade, um grito !

Veio-me uma falta de um abraço agora. Não qualquer um, mas aquele distante. Eu queria estar lá, nada faço aqui. Acho que a falta bateu por estar cansada hoje; hoje chove, está frio, noite, chuva, deve ser isso.

Como eu queria desse mesmo abraço algo profundo ao mesmo tempo em que quero desejo não querer. Sempre digo isso. Aquele consequente medo impede a dúvida de ser certeza.

Sexta seria dia de matar essa vontade. Seria ficou na vontade e me levou. Tudo seria simples, eu pegaria a estrada, no dia seguinte após matar a saudade estaria por aqui, só iriam algumas horas. Certas coisas simples que seja me impediu. Certas coisas que buscam o perfeito em mim, e que, enquanto eu for imperfeita, vai haver limitações.

Ai que vontade de ter algumas pernas, apenas minhas! Que vontade de sozinha de quebrar a cara, aprender, dar a volta por cima, ser do mundo e de Deus.

Que vontade de gritar agora. Poxa essas coisa distante que eu buscaria, seria apenas algum carinho que nunca tenho. Alguma diversão.

Merda! Deve ser TPM, o dia começou lindo, terminou fail.
Me resta rasgar o bilhete, arranjar outra ocasião para as fotografias, fazer uma ligação cancelando minha ida, e dormir. Dormir e tentar acordar melhor. 


Autora: Kelly Cristina
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Dia ruim

Hoje não foi um dia muito bom. Tem dias que tudo parece não dar certo.
Há dias que me sinto presa, mesmo vivendo no mundo. Agora não tanto quantos antes, onde não existia o ‘mundo’, mas o pouco que ficou é muito para me entristecer, às vezes.
Quando todos saem, tosos de reúnem, e simples não posso porque NÃO!  Tem que haver motivos para os NÃOS.  Os ‘nãos’ que ouço são frequentementes ditos na metade do pedido, quem diz não se interessa pelo resto, pela consequência, vem àquela velha história de ‘não se importam’.
Queria tanto a liberdade quando canto dentro de toda a diversão quando não canto, mais por inteiro não a tenho, é limitada.
Queria tanto que me entendessem mais, de alguma forma, preciso viver mais que o normal. A dor já tanto me consumiu e atrasou muito meus dias. E por mais que eu não queira se fico presa por esses ‘nãos’, acabo recordado-a sem querer.
Queria muito abrir meu livro, dizer o que penso o que sinto, e ganhar mais que ‘nãos’. Horas eles são necessários, mas horas, e não toda a eternidade que se faz quando os recebo.
Eu queria tanto dizer que estou saindo, me divertindo, que apenas dancei, conheci uns caras legais, voltei com outros grandes amigos. Mas parece que quando se diz tudo contradiz.

Humana, sujeita a erros, que errei... Que fiz chorar, chorei junto, queria retornar e concertar, mas nada fiz, não deu já passou, nada podia, apenas não o repito, pedi perdão, e os quero esquecer, lembrar do novo que se tornou.

Esses ‘nãos’, eu os esqueço amanhã. Sou assim, esses momentos ruins são momentâneos e passageiros em mim, não duram mais do que algumas horas. Qualidade talvez. Sou mole, boba, menina, coração de criança!
Mas tem coisas que voltam frequentemente como os ‘nãos’ que sempre ouço, eles são sempre ditos relembrando meus antigos erros. Isso dói, sem necessidade, qualquer coisa que defina cabisbaixo. Engraçado que nesses momentos não existem qualidades em você, elas somem.
Só queria que quando eu estivesse como hoje, existissem motivos para os pedidos negados, assim como eu queria que motivos tivessem às minhas qualidades em troca de algumas aprovações.
Queira fazer planos e entregar em suas certas mãos. Planos de sair com os amigos, organizar aniversários, festinhas, coisas simples, jogar conversa fora.  E por final dizer foi bom! Mas no final sempre ouço: “Faltou você em meu aniversário”, “por que você não foi a minha despedida?“ “Saímos todos por que você não?“. Deduz minha falta e prolonga isso por muitas linhas.
Faremos uma troca, o Não pelos erros e Sim pelos acertos. Acho que acerto ao menos uma pedra no telhado do visinho. Não! Eu faço muito mais que isso, basta ver.
Me ouçam, entenda, perfeita nunca serei, NUNCA!. Mas sou tão boba, não tenho inimigos, perdôo tão facilmente, choro tão facilmente, amo todo mundo. Essas são minhas qualidades essas sim valem algo.
Já não tem jeito, sou do mundo, preciso estar nele por alguns instantes. Algumas vezes sem público, apenas eu mais uns amigos. Se estou só  não estou bem.

Desabafo mesmo, necessário. É o que sinto. O que sempre sinto.

Autora: Kelly Cristina





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Uma quase madrugada

Perdi a noção do tempo, já são duas da manhã, e eu continuo a lembrar dos poetas, dos artistas – que mentira! – tentando escrever algo, qualquer coisa. Não tenho sono!

Acabei de receber uma mensagem, um futuro amigo engenheiro dizendo que se um dia eu chegar ser famosa, meus shows será em conta pra ele. Estranho e quem sabe futura realidade, no caso dele muito estudo e persistência, no meu, dedicação e sorte.

Silencio total, amanhã sem nada pra fazer, imaginando férias hoje, trabalho amanhã, show depois, ano novo!

O que será que Deus tem planejado? Tomara que confetes. Tomara que bênçãos. Tomara que muito amor.
2012 ! Ainda terei muito tempo. São 365 dias para viver a vida se assim Deus permitir.

O sono bateu,
Que amanhã eu tenha motivos para sorrir como hoje, e se não tiver, que eu invente um dos dois, o motivo ou o sorriso!

Autora: Kelly Cristina 
 
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