terça-feira, 27 de março de 2012

Epopeia

Coberta de medos, e desejos. Anseio por nunca perder o medo, e que o desejo alegre das conquistas me sirva até minha velhice.
Afinco nos sonhos, e ainda que me parecer aurora todo o tempo, coberto de estrelas virá o anoitecer.
Petit-pois foram alguns amores, de tão pequenos não duraram. Aventou-se então algum sopro de me trazer belo coração que hoje sinto, e quebra o hábito inútil de não querer me aventurar e se aventurar.
Nessas usanças da minha vida, ainda que a tristeza...
...que eu mergulhe isenta do lindo sorriso, e que eu descanse quando o amor por perto daqueles lindos olhos me der outros novos sorrisos, esses, para renovar e dar a minha boca novos sonhos de valsa – sonho de valsa de tão doce me faz rir mesmo que sozinha eu esteja.
Opino em atinar até quando irei amar. Sem velar que trago flores, e escondido prefiro minhas ternuras, que fogem do meu controle e se aparecem com poses para fotografias, todo o mundo acaba conhecendo e publicando.

Arte não é só o que penso ver, é o que sinto na barriga mesmo antes da platéia. É minuta de um ensaio, sensivelmente coleção de sensações invisíveis únicas que só eu entendo.
Prazer é correr para o hospício quando não me sinto louca.
Prazer é amar-me. Amando-me amo a ele. Amando-me amo a Deus. Lido, invento sabores a ‘minh’alma’, jogo fora o que não convém, esqueço e parto para a amnésia todo o jogo que cresci sabendo que não se aproveita, e mesmo que certa, dou uma força, e tudo tento que volte quando tem que voltar.
Vida é cetim, faz-me ver, combina a pedrarias, brilhos, cores neutras, não suporta o calor. Foge do fogo, ao seu encontro perde seu brilho, derrete, escurece. Ao que o estraga foge tecido, ande, escapa! Essência é conservar dentro vida cetim, sem calor que estraga. Protege lindo brilho, pessoa dona do mundo.
Quando vocabulário escritora qualquer !!
Não é enfeite de natal !
Que chegue de longa viagem palavras essas minhas, direta ao que tu cetim recobre e protege fugindo do calor. És tu coração, protegido és tu. Até mesmo o meu, exatamente o meu. 
Epopeia mais parece; esse texto assim o chamarei.



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