Era cedo, quando me levantei, sábado, desânimo, sono e marcas de uma noite passada.
Em um andarzinho quase 8 hs, eu esperava pela aula. Fiquei olhando pela janela a fora, procurando algo interessante, ou até fatos para eu escrever. Encontrei !
Caminhava um Senhor de rua, sujo, magro; deitou-se no banco da praça, e aparentava estar feliz, a todos ele comprimentava, e por lá continuou até me parecer cair no sono.
Eu imaginava as noites de chuva. de frio, de solidão e de abandono, mas ele preferira viver assim, depois de sua família o desprezar tanto (devido sua doença), ele vive "feliz" nas ruas. Eu já o conhecia de alguns tempos.
Meu olhar se fixou em um sabiá pouco mais de 3 metros de distância, ele cantava com todas as suas forças, eu o reparava, e pensava, 'quem dera eu voar, ser livre, leve, leve...', Quando por força do acaso, sem entender como, meu olhar voltou-se para baixo, e um vulto me desmontou; o peguei na metade do caminho, em em segundos sumiu. Respirei fundo, bem fundo, e prosegui meu dia.
Recebi um convite, era na verdade um convite para libertar-se, esquecer, apenas esquecer. Aceitei, era noite; música, amigos, tudo estava bem, até eu rever o que me desmontas-te pela manhã. Fingi estar tudo bem, evitei, e aprendi como será daqui em frente.
Mesmo evitando, houve um certo momento que veio à minha direção; eu não soube sorrir, falar ou olhar, apenas me virei e continuei.
Um erro ou um acerto?
Sem respostas ...! Apenas precisava,, para não retomar o ódio e a tristeza.
E por alguns instantes naquela noite, eu me senti um sabiá, livre, leve, leve...
Autora: Kelly Cristina
Autora: Kelly Cristina
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