Cheguei em casa, com os olhos ainda úmidos de uma conversa, e um abraço especial.
Fugindo do assunto, um abraço que me dizia algo, mas estava escuro, não pude ver. Uma lágrima? Elas rolaram... Elas vem de surpresa, quase sem querer, mas ligadas ao abraço, ainda reflito a mensagem passada.
Em casa, me veio a vontade de descarregar minhas forças, e lavar de vez meus olhos; sozinha, quarto desarrumado, seria tortura viver sempre assim. Pensei em colocar aquele Cd, de uma linda poeta Paula Fernandes, mas pensei duas vezes, e lembrei do som que me leva a dançar, achei que no momento, mesmo que fosse enquanto a música rolasse, eu me sentiria melhor.
E mergulhei. Soltei meus cabelos presos, tirei minhas sandálias, e fingi estar tudo bem. Eu até sorri; eu? sozinha assim? Sim ! Eu ouvia meu espelho dizer: -continue !
Ajeitei meu quarto, e logo em seguida o cd quase escolhido anteriormente, se escolheu sem minha permissão.
A vida é assim! Você se esconde do seu íntimo, disfarça, engana, procura passar segurança, felicidade. Mas aparecem coisas minúsculas e simples, que desmascaram todo o grande disfarce.
Os velhos olhares nunca mudam a direção.
Não se deleta arquivos protegido pelo coração.
Mergulhei na letra e logo adormeci.
Autora: Kelly Cristina
Autora: Kelly Cristina
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